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quinta-feira, 2 de junho de 2011

O PAPEL DOS BRINQUEDOS E DAS BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA

Autoria: Claudete T. da Mata
Especialista e Mestre em Psicopedagogia Clínica e Institucional


O presente trabalho vem abordar a importância dos brinquedos e das brincadeiras no processo de desenvolvimento do sujeito que aprende, desde a tenra idade. Ele busca conhecer, compreender, respeitar e defender a infância como fase única na construção do sujeito inserido nos diferentes meios que o cerca. Do seio familiar às práticas pedagógicas, cada ato de exploração dos brinquedos através das brincadeiras, tem seu papel importante no processo de ensino e aprendizagem, oferecendo tanto aos professores, quanto aos pais ou responsáveis, a visão crítica social dos direitos das crianças, evitando assim, derramar sobre elas, conceitos pré-concebidos pelos adultos, que sob seu próprio julgo (sem a busca de reflexões) acaba levando às crianças o seu bem querer, julgando ser o melhor para elas. A hipótese deste estudo é considerar todas as faixas etárias da criança, bem como, as suas projeções e a importância da constituição do conhecimento no desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional, físico e criativo, através do lúdico, reputando a idéia de que o aprendizado, na infância, acontece nas interações múltiplas entre brinquedos e brincadeiras, não se limitam somente ao aprendizado com ferramentas fixas, como numa sala de aula com lápis e cadernos nas mãos. Desta forma, podemos problematizar as práticas pedagógicas educacionais, desde que as crianças foram inseridas nos primeiros sistemas educativos (família e escola) dirigidos pelos adultos, conduzindo nosso olhar às crianças, como um todo, nas suas interações com os brinquedos e na escolha das brincadeiras, analisando e sustentando os fatores teórico-metodológicos aliados a vários discursos já realizados a esta temática, como elemento de reflexão sobre os meios que possibilitam às crianças um desenvolvimento mais saudável. Podemos ver, até aqui, que agindo de maneira linear, acabamos reduzindo o tempo de brincar, de inventar, de fazer e refazer as coisas na infância, já que os meios proporcionados ao desenvolvimento infantil são praticados sob a visão dos adultos, que acabam transformando nossas crianças de hoje, em “adultos em miniaturas”, acreditando ser bom para elas, fazerem coisas de adulto, ou seja, coisas que os adultos gostam, acham melhor e apropriadas para elas. Os brinquedos e as brincadeiras, objetos deste estudo, como ficam nos espaços educacionais, uma vez que possibilitam o  seu andamento em direção da edificação de uma sociedade compostas de indivíduos que precisam abranger as diversidades infantis e adultas no seu todo? Portanto, para a realização deste estudo, necessitamos ir muito além, através de uma pesquisa qualitativa, com coleta de dados por meios de observações e registros, não só na rede pública de ensino, como também nas redes particulares, aderindo questionários com pais, professores e equipe técnica pedagógica. 


Referencias bibliográficas

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
ARIES, PHILIPPE.  Historia Social da Criança e da Família. 2ª Edição - 1981
KISHIMOTO, T. M. Jogos tradicionais infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis: Vozes, 1993.